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Offline é o novo premium? As marcas voltaram os olhos para o mundo real.

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    contato138773
  • 11 de jun.
  • 2 min de leitura

Nos últimos anos, a corrida pelo digital foi voraz. Marcas disputando atenção em timelines infinitas, conteúdos criados na velocidade da luz, e uma avalanche de estímulos tecnológicos conduzindo a comunicação. Mas em 2025, uma nova tendência começa a tomar forma — ou melhor, a retomar espaço: o valor da presença offline.


Sim, estamos falando de uma reconexão com o mundo físico. E não é nostalgia, é estratégia.


Vivemos um momento de saturação. As redes sociais, vitrines aspiracionais, tornaram-se fontes de ansiedade, comparação constante e desinformação. A inteligência artificial, embora poderosa, também acelerou o ritmo da produção e do consumo de conteúdo, muitas vezes sem espaço para a pausa, para o humano, para o significado. E nesse cenário, o silêncio — ou melhor, o contato real — se tornou luxuoso.


Marcas atentas perceberam isso. Estão se movendo, e não para frente, mas para o lado menos explorado: o mundo offline, para o lado das pessoas, que estão fartas desse ritmo.


Loja conceito, eventos presenciais, experiências sensoriais, cartas escritas à mão, brindes físicos, cafés, encontros, arte nas ruas. Ações que antes pareciam "românticas demais" agora estão sendo usadas como ferramentas de diferenciação. Afinal, estar presente no mundo real, no tempo real, com atenção total é o que muita gente tem buscado.


Um exemplo marcante dessa tendência é a campanha "The Boring Phone", lançada pela Heineken em 2024. Em parceria com a marca de streetwear Bodega e a agência LePub, a Heineken criou um celular flip limitado, sem acesso à internet ou aplicativos, com o objetivo de incentivar as pessoas a se desconectarem do digital e aproveitarem mais os momentos

presenciais. A campanha distribuiu 450 unidades do aparelho no Brasil, promovendo a ideia de que menos tempo no celular pode significar mais tempo para conexões significativas.


Não se trata de abandonar o digital, claro. Mas de compreender que o físico voltou a ser um território com menos concorrência e mais impacto. Um espaço onde a conexão é mais profunda, mais humana e portanto, mais memorável.


A lógica é simples: se todo mundo está gritando online, talvez o sussurro no offline seja mais eficaz.


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